Aprenda A Lidar Com O Dinheiro Com As Lições De “Pai Rico, Pai Pobre”
Você provavelmente já escutou falar no livro “Pai Rico, Pai Pobre” de Robert Kiyosaki. Não é à toa que o best seller vendeu mais de 9 milhões de cópias no mundo inteiro e seus ensinamentos são compartilhados em diferentes canais. Mas o que existe de tão interessante neste livro que mudou a relação que milhões de pessoas têm com o dinheiro?
Através da sua experiência de vida, Robert Kiyosaki conta como seus dois pais, um de sangue e o outro “de coração”, se relacionavam de formas distintas com o dinheiro e as consequências de suas escolhas financeiras. Seu pai biológico tinha curso universitário e doutorado, enquanto o pai “adotado” nem chegou a concluir o ensino médio. Ambos trabalharam muito e foram homens bem-sucedidos em suas carreiras. O menos instruído se tornou um dos homens mais ricos do Havaí e morreu deixando milhões de dólares em herança para sua família e instituições de caridade. Enquanto o outro, mesmo com toda sua instrução, morreu deixando somente dívidas.
O que podemos aprender com este exemplo?
Tratando-se de educação financeira, nosso sistema educacional é visivelmente falho! As crianças aprendem desde cedo que devem conseguir um bom emprego, com altos salários, para que possam adquirir bens caros e desfrutar de uma vida de luxo e riquezas conquistadas através do suor do seu trabalho. Carteira assinada, PIS, INSS e FGTS são “garantias” de uma vida com conforto e uma boa aposentadoria. Mas não aprendem como administrar corretamente o dinheiro, atolando-se em dívidas por mais alta que seja sua remuneração.
São milhões de pessoas com o saldo no vermelho, trabalhando cada vez mais para gerar mais renda e quitar suas dívidas. A sociedade vira escrava do trabalho, fica presa na chamada “Corrida dos Ratos” e perde o acesso à liberdade. Trabalhar, trabalhar, trabalhar e pagar contas. Quantas vezes você já escutou isso?
Onde está o erro?
A nossa sociedade nos ensinou a trabalhar e correr atrás do dinheiro, quando o certo é o dinheiro trabalhar para nós. Parece confuso? Mas vamos explicar direitinho!
A primeira lição que devemos entender é a diferença entre “Ativos” e “Passivos”. Esqueça conceitos anteriores de contabilidade que você já escutou, ok?
Resumindo:
ATIVO =>É tudo aquilo que coloca mais dinheirono seu bolso.
PASSIVO =>É tudo aquilo que tira dinheirodo seu bolso.
Parece muito simples, mas a maioria das pessoas confunde esse conceito. Vamos exemplificar aqui:
A maioria dos brasileiros sonha com a casa própria e um carro na garagem, certo? Este “sonho” vem acompanhado de despesas, como juros altíssimos de financiamento, IPTU, IPVA, manutenção, seguro, dentre outras. Se colocarmos na ponta do lápis, estes bens tiraram muito mais dinheiro do seu bolso do que colocaram. Portanto, são PASSIVOS!
ATIVOS, entretanto, são ações, fundos de investimento, títulos e imóveis ou automóveis que geram renda. Estes bens colocam dinheiro no seu bolso!
O que fazer com o dinheiro?
A 2ª lição que vamos aprender é como o “PAI RICO” e como o “PAI POBRE” agem quando recebem dinheiro.
A primeira coisa que o “pai rico” faz quando recebe algum dinheiro é reinvestir em ativos, que vão gerar ainda mais renda para ele. Então ele reinveste novamente, num círculo virtuoso. O dinheiro “trabalha pra ele”.
E como o “pai pobre” faz quando ganha um aumento, por exemplo? Compra mais passivos! “Investe” num carro novo, no IPhone última geração, novos eletrodomésticos ou uma casa nova. Ele pode até ter um salário alto, mas no final do mês seu saldo vai próximo ao negativo para conseguir dar conta de tantas dívidas. Imagine se ele perder o emprego?
Conseguiu captar a diferença de mindset financeiro?
O “pai rico” investe antes e compra artigos de luxo por último, enquanto o “pai pobre” compra artigos de luxo primeiro e investe se sobrar alguma coisa, o que quase nunca acontece.
Ou seja, qual o caminho certo a seguir em relação ao dinheiro?
Investir uma parcela de sua remuneração, todo mês, religiosamente, antes de começar a gastar com passivos. Da mesma forma que você tem o compromisso de pagar a conta de luz, celular ou o colégio do seu filho, você deve ter um dever com você mesmo e “se pagar”, ou seja, dar dinheiro para você. Desta forma, você começa a criar um patrimônio que pode te dar retorno a longo ou até mesmo curto prazo, se você encontrar boas oportunidades.
Como começar a investir?
Você pode começar com uma pequena quantia, não é necessário ser um milionário e fazer grandes investimentos. Como citamos acima, o ideal é estabelecer um percentual de seus ganhos mensais, algo entre 10 e 20%. Você deve ter em mente que o seu “salário real”, ou seja, aquela quantia que está disponível para você gastar durante o mês, deve ser calculado depois que você tirar o percentual que deve ser investido cada mês, da seguinte maneira:
RENDIMENTOS BRUTOS – PERCENTUAL INVESTIDO = SALÁRIO REAL
Ex:
- Bruno ganha R$10.000,00 / mês (líquido, já com descontos de CLT).
- Ele define que investirá 20% de sua renda por mês, ou seja, R$2.000,00 / mês.
- Seu SALÁRIO REAL será de R$8.000,00, ou seja, suas despesas mensais não podem ultrapassar esse valor.
Não sobra nada no final do mês?
O primeiro passo é mudar sua mentalidade financeira e organizar seus gastos! Organize todas as suas despesas fixas e variáveis. Segmente seus gastos e avalie onde você consegue cortar despesas necessárias para conseguir investir.
Informe-se! Além da conhecida poupança, existem diversas opções de investimentos de baixo risco e rendimentos mais altos, como a renda fixa e o tesouro direto.
Acompanhe nossos conteúdos e conte com a gente para te ajudar nessa jornada!
Muito obrigado Marcilio, conte com a gente.
Artigo muito interessante! Parabéns.