Como investir em renda fixa no cenário atual?
Saiba como investir em renda fixa no cenário atual e aproveitar a taxa Selic próxima das máximas dos últimos 6 anos.
Você sabia que a taxa Selic está bem próxima das máximas dos últimos 6 anos e que esse pode ser um momento favorável para investir em ativos de renda fixa?
Neste artigo, vamos explorar informações importantes e essenciais que você precisa ter em mente para aproveitar essa oportunidade e montar uma boa carteira de renda fixa.
Vou falar sobre…
- O que é a taxa Selic?
- Por que ela é importante?
- O que observar antes de montar sua carteira de renda fixa.
E mais.
Ao final deste artigo, você irá entender como escolher os investimentos mais adequados para o seu perfil e objetivos.
Leia e descubra como aproveitar o momento bom da renda fixa para melhorar a rentabilidade dos seus investimentos.
O que é a taxa Selic?
A Selic é a taxa básica de juros da nossa economia. Ela é determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne a cada 45 dias para avaliar as condições econômicas do país e definir o patamar da taxa.
Simplificando, ela é usada de duas formas:
- Como referência para balizar a taxa de juros praticados no mercado financeiro, como os juros de empréstimos, financiamentos e até a rentabilidade de investimentos de renda fixa.
- Como ferramenta de política monetária para estimular e/ou desestimular a economia.
Por que ela é importante?
Porque o governo usa a Selic para estimular ou desestimular o consumo, principalmente, para o controle de inflação. Por isso ela é chamada de ferramenta de política monetária. Inflação alta, pode ser uma consequência de excesso de dinheiro circulando, ou seja, gastos excessivos.
Isso impacta nos preços e prejudica o nosso poder de compra, acabamos gastando mais dinheiro para consumir a mesma quantidade de itens. Uma forma de reduzir a inflação representada pelo IPCA, é aumentar a taxa de juros.
Assim, fica caro tomar empréstimos, investir no crescimento de empresas, contratar trabalhadores, entre outros. Dessa maneira, quem tem sobra de dinheiro prefere poupar e investir (na renda fixa, por exemplo).
Ao longo do tempo, com pouco estímulo ao consumo, os gastos se resumem aos essenciais e a inflação tende a descer. Dê uma olhada no gráfico abaixo, ele mostra como a Selic, na maioria das vezes, fica acima da inflação.
Perceba também, que esses movimentos são cíclicos, se alternam ao longo do tempo. Em alguns momentos temos a Selic em patamares mais baixos e em outros, em níveis mais altos.
E pelo ponto de vista do investidor, por que a Selic importa?
Para nós investidores, a Selic importa porque ela influencia as taxas ofertadas nos investimentos de renda fixa (CBDs, LCAs, LCIs, Títulos Públicos, Debêntures) em todos os prazos. Como consequência, nos ajuda a tomar melhores decisões sobre o tipo de risco que desejamos estar exposto.
Por exemplo, com a taxa de juros em níveis altos, investir em ações na bolsa fica menos interessante, uma vez que a renda fixa nos trás possibilidades melhores de retornos com menos risco.
Por isso, quando a taxa Selic está alta, os investidores acabam migrando para os investimentos de renda fixa, já que eles oferecem uma rentabilidade mais previsível e com menor exposição a riscos. Mas atenção!
Lembre que a Selic se movimenta em ciclos, ou seja, não é possível garantir que a renda fixa sempre oferecerá boa rentabilidade. Além disso, mesmo que esses ativos tenham previsibilidade, sempre existe risco (ainda que menor).
Esteja sempre atento à taxa Selic e suas perspectivas para tomar decisões de investimento mais embasadas e estratégicas. Para ter acesso a esse tipo de informação, você pode buscar facilmente na internet, ler relatórios de investimentos ou consultar o seu assessor de investimentos.
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Como investir em renda fixa: O que olhar antes de montar sua carteira
Como regra de bolso, antes de investir, sempre leve em consideração o seu perfil de risco, a diversificação, seus objetivos e prazo que pretende manter o investimento. Dependendo do tipo de renda fixa que você tenha em carteira, só poderá resgatar no vencimento.
Objetivos e prazo de investimento:
Antes de investir em qualquer ativo financeiro, é fundamental ter bem definidos seus objetivos e o prazo de investimento. Você está investindo para curto, médio ou longo prazo? Qual é o objetivo ou rentabilidade que deseja atingir com esse investimento?
Ou seja, não adianta ter a possibilidade de investir em um papel de renda fixa seguro e com ótima rentabilidade se o vencimento for mais longo que o prazo do seu objetivo.
E também, você pode prejudicar sua rentabilidade se sempre escolher prazos curtos por conta de falta de planejamento.
Perfil de risco:
Cada investidor é único e tem um perfil de risco diferente. Seu perfil depende de sua tolerância ao risco e sua capacidade de lidar com perdas. Isso pode mudar ao longo do tempo e de acordo com sua experiência. Conforme vai estudando e aprendendo, é comum que o investidor passe a querer correr mais risco em busca de melhores retornos.
Por exemplo, o que você faria se de um dia para o outro, o valor que você investiu cair pela metade. Ou então, como você reagiria se precisasse resgatar o seu investimento, mas o prazo do vencimento ainda estiver longe?
Por essa e outras você não deve fazer um investimento só porque pareça ser uma boa ideia ou porque alguém que você conheça o fez. É importante avaliar o seu perfil de risco antes de escolher qualquer ativo.
Rentabilidade e liquidez:
Como falei anteriormente, de nada adianta ter a possibilidade de investir em um CDB com baixo risco e uma ótima rentabilidade se o prazo para o resgate for muito além daquele que você precisaria para usar esse dinheiro. Ao montar uma carteira de renda fixa, você precisará equilibrar a rentabilidade com os prazos dos investimentos. As vezes, poderá ser necessário reduzir a rentabilidade para encurtar o prazo do investimento. Lembrando que a liquidez está relacionada a facilidade e prazo de resgate do investimento.
Riscos envolvidos:
É muito comum achar que o risco ao fazer um investimento esteja relacionado a bolsa de valores. Não se engane, todo investimento envolve algum tipo de risco, e com a renda fixa não é diferente. É importante avaliar os riscos envolvidos em cada tipo de ativo de renda fixa, como:
- O risco de crédito, que é o risco da empresa ou banco que você investiu quebrar e você não receber o dinheiro de volta;
- O risco de mercado, que é a possibilidade de perder o dinheiro investido devido a fatores como variações nas taxas de juros ou volatilidade do mercado;
- E o risco de liquidez, que é o risco de não conseguir resgatar o investimento no momento desejado;
Conclusão
Em resumo, a taxa Selic está próxima das máximas dos últimos seis anos e isso pode representar uma boa oportunidade para investir em ativos de renda fixa.
Você precisa observar alguns pontos-chave antes de investir, como o prazo de investimento, perfil de risco, rentabilidade e liquidez, bem como os riscos envolvidos.
Sempre tenha uma estratégia bem definida e esteja sempre atento às mudanças no mercado financeiro para tomar decisões de investimento mais assertivas e de acordo com seus objetivos.
Ao seguir essas orientações, é possível aproveitar o momento bom da renda fixa e melhorar a rentabilidade dos seus investimentos sem ter que correr riscos desnecessários e mesmo que você esteja começando a investir agora.
Lembrando que você pode mandar uma mensagem pelo WhatsApp clicando aqui para tirar suas dúvidas sobre esse e outros assuntos. Um grande abraço, Juntos pela sua liberdade financeira.
Rafael Dadoorian, CEA®
P.S.: Nesse artigo, escrevi um pouco sobre investimentos em renda fixa para você poder aproveitar esse momento de taxa selic alta.
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