E se o seu banco quebrasse, o que você faria?!

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E se o seu banco quebrasse?

O que você faria se o seu banco quebrasse? Será que é possível? Será que o seu dinheiro está seguro somente porque a instituição possui o título de banco em seu nome?

Talvez isso nunca tenha passado pela sua cabeça, talvez nem 1% da população brasileira chegou a pensar nisso. Afinal, quem iria pensar no que fazer caso o banco quebrasse? Se você chegou a levar isso em consideração, parabéns, você é um dos poucos brasileiros com essa visão. 

Será que é possível se prevenir a esse tipo de evento? Sim, e eu vou te dizer como ao longo dessa matéria.

 

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Do quarto maior banco dos Estados Unidos à maior falência da história americana

A verdade é que ninguém acha que uma enorme instituição com atuação global vá quebrar, até que a primeira quebre. As instituições bancárias fazem parte de um sistema financeiro global, onde até as mais antigas e tradicionais podem deixar de existir de um dia para o outro. Acha difícil disso acontecer? O que você faria caso o seu banco quebrasse?

Para muitos americanos, o dia 15 de setembro de 2008 começou de uma forma muito diferente. O Banco Lehman Brothers, que era o quarto maior banco dos Estados Unidos com mais de 158 anos de história e com cerca de 10 mil funcionários, quebrou durante a crise e representou o maior caso de falência da história americana.

Antes de quebrar, o banco possuía sede mundial em Nova Iorque além de possuir também sede em Londres e Tóquio. Além de escritórios localizados em todo o mundo que foram vendidos para saudar a dívida.

Os bancos brasileiros

Já aqui nas terras tupiniquins, podemos citar alguns bancos brasileiros que também pediram falência ao longo do tempo. Tais como: Banco Cruzeiro do Sul, PanAmericano, Schain, Morada, Matone e Prosper.

A lista não para por aí, recentemente mais um integrante foi adicionado: O Banco Neon, que era um banco que possuía agência física situada em Belo Horizonte. Na sexta-feira de 4 de maio, os seus clientes tiveram uma surpresa, o Banco Central decretou a liquidação da companhia.   

O problema vai mais além, os clientes que possuíam conta digital ou cartões pré-pagos emitidos pela Neon pagamentos, empresa criada para atuar no ramo digital e separada do banco Neon (físico), serão afetados. Com atividades diferentes, as duas empresas atuavam em parceria e a liquidação do Neon vai respingar, sim, nos clientes da Neon Pagamentos, especialmente os que aplicaram em CDBs do Banco Neon ou qualquer outra aplicação via a empresa digital.

Atuação do Fundo Garantidor de Crédito

Como as pessoas iriam resgatar seu dinheiro ao receber essa notícia no dia 04 de maio? Como o FGC poderia ajudá-las? 

Os clientes que tinham depósitos de até R$ 250 mil estão seguros com a cobertura do FGC. Não somente os que tinham depósitos, os clientes que também possuíam saldo em conta corrente e aplicações em caderneta de poupança, letras de câmbio, letras imobiliárias, letras hipotecárias, CDBs (Crédito de Depósito Bancário), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e operações compromissadas também serão segurados.

Segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a garantia é limitada a um volume global de R$ 1 milhão por CPF, com cobertura de R$ 250 mil por instituição financeira e com prazo de quatro anos para a garantia.

Como se prevenir desse tipo de cenário?

O que você faria se o seu banco quebrasse? É muito difícil dizer quando alguma instituição irá quebrar. Afinal, se as pessoas soubessem com exatidão o que iria acontecer no futuro, ninguém quebraria no presente.

Porém, é possível tomar algumas medidas para prevenir que esses eventos inesperados nos afetem. Dentre eles estão: a diversificação e acompanhamento da saúde financeira da instituição. 

Um dos primeiros passos a serem dados para a prevenção de cenários ruins é a diversificação. É muito importante diversificar o capital para não deixar todos os ovos numa única cesta.

Como mencionado acima, o FGC cobre até R$ 250 mil por instituição, ou seja, se você possuir R$ 500 mil numa única instituição, você só terá cobertura de metade desse capital.

Outro passo muito importante a ser dado no momento da escolha é atentar para a saúde financeira da instituição, sendo uma boa forma para realizar isso é a observação das notas de crédito.

Algumas instituições contratam agências de classificação de risco para avaliarem se elas serão capazes de honrar com as suas obrigações financeiras, após análise criteriosa, uma nota de crédito é emita dizendo se é bom pagador ou mal pagador.

Conclusão

Embora algumas instituições ofereçam ótimas rentabilidades/serviços para seus clientes, tenha muito cuidado onde você irá colocar o seu dinheiro. Porque, pode ser capaz desse banco quebrar e levar seu dinheiro junto. Clique aqui e veja o caso de uma instituição mau intencionada.

Não sabemos quando uma próxima crise poderá vir e mais peças do sistema financeiro deixarem de existir. Porém, é possível realizar algumas prevenções para que nem você e nem o seu bolso sejam surpreendidos.

Então, antes de escolher onde aplicar seu capital, tome essas pequenas atitudes que irão te ajudar a realizar a melhor escolha para proteger você e o seu bolso. Além disso, busque na CVM ou na CETIP se a institução está cadastrada a realizar tal operação e se possui algum processo em seu histórico. 

Juntos pela sua liberdade financeira.

Ruan Nogueira

 

Fontes citadas:

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